terça-feira, 16 de junho de 2009

A escolha do projecto



Foi aqui sugerido um desafio pelo Peter Mary para que eu definisse o porquê da escolha do escritório de desenho "Roberto Barros Yatch design".
Esta questão não é muito pacifica e levou largos meses a ser decidida.
Eu procurava um veleiro com mais ou menos 42 Pés e que fosse forte , fácil de construir, que não fosse uma lesma a navegar e que pudesse ser manobrado por uma só pessoa. Mas o factor mais forte além da robustez seria sem duvida a beleza, eu tinha que olhar e decidir sem sombra de duvida...é este!. As coisas comigo têm que funcionar assim, sem duvidas, porque se as há logo no inicio....não é seguramente um bom inicio.
Assim este casco é extremamente seguro , apresentando soluções que nunca vi noutro veleiro do mesmo porte, tais como: anteparas estanques; uma antepara longitudinal em chapa de 12mm; uma cabine de piloto (a cair em desuso mas muito útil) e a possibilidade de ter um posto de comando alternativo no interior. Seguem-se outras características muito importantes tais como grande capacidade de armazenar água e combustível e espaço para poder montar uma pequena oficina com torno e ferramentas para manutenção ou reparação de emergência. Patilhão de aba e skegue no apoio da pá do leme são outros pormenores que denotam que quem fez este desenho tinha "mesmo" em mente fazer um barco para qualquer latitude e á prova de "volta ao mundo".
È verdade que no inicio ainda pensei num desenho do escritório do "Bruce Roberts" mas não me apaixonava como este e parecia que o desenho já muito antigo não favorecia um casco rápido, embora o nível de informação para o construtor amador seja altíssimo, funcionando quase como um jogo do lego.
Depois outros situações ajudaram a decisão, o facto de falar-mos a mesma língua favorece o entendimento, o facto de este ser já o desenho nº66, ou seja, não é um novato e o facto de no Brasil e no mundo muitos barcos de outros tamanhos foram já construídos com os desenhos deste gabinete, havendo de tudo: voltas ao mundo; regatas vencidas e garantida longevidade em todos eles. Se fosse hoje garantidamente seria este multichine 45 que era escolhido.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Multichine VIII

O trabalho vai continuando, que isto de férias e feriados são só para alguns (a viagem a Argélia não conta porque foi em trabalho).
À medida que se vai fechando o casco o espaço interior ganha outra dimensão e ainda há pouco estava a pensar....isto é mesmo grande! e então ocorreu-me outra ideia....eu nunca andei num barco com 45 pés!?. Será possível que eu esteja a fazer um veleiro com um tamanho tal que eu nunca tenha experimentado outro igual ou parecido!...será normal isto!.
De qualquer modo já é tarde para considerações metafisicas e de qualquer modo se fosse hoje, voltaria a optar por este modelo!.
Um dia destes pensava (eu penso muito) que era curioso que até agora ninguém através aqui do blogue, me questionou acerca de qualquer coisa técnica, ou não, ou pedir uma opinião, ou sei lá o quê acerca da construção do veleiro, não deixa de ser um bocadinho decepcionante, tanta informação para dar e ninguém interessado em recebe-la.
Mas há uma excepção que é o "Peter Mary" que colocou no ultimo post uma questão pertinente...porquê a opção por um desenho de Roberto Barros (cabinho). È uma questão tão pertinente, mas tão pertinente....que merece um post exclusivo! e não vai ser a esta hora que o vou fazer. Esta semana será concerteza.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Regresso a casa

Tive que pedir autorização aos militares que estavam de serviço na entrada deste edifício, para tirar a foto. Fui autorizado para o fazer mas apenas nos pisos superiores.
Uma espécie de Lisboa.

Uma Portuguesa sem medo das alturas, o mediterrâneo bem lá em baixo.


Se a moda pega!.

Um Pais ambíguo,




Mistura de diferentes atitudes.






A Argélia será pouco representada por Argel , que é a capital. Um pais imenso, ocupado na quase totalidade pelo deserto do Sahara. A sua essência estará no deserto e nas pequenas aldeias, onde a tradição e a religiosidade atinge a sua maior expressão.
Argel é uma espécie de mistura entre o Funchal e Lisboa. Cidade com cerca de 4 milhões de habitantes, nasceu numa colina com alguma inclinação e delimitada pelo mediterrâneo lá bem em baixo. As ruas são desordenadas e algumas com muita inclinação, provocando cruzamentos sem visibilidade e muitos becos sem saída.
O transito é absolutamente caótico e em toda a cidade apenas encontrei um (1) semáforo. Os traços pintados no chão, incluindo as passadeiras, são considerados (só pode) riscos sem qualquer sentido.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Argélia


Vou ali, já venho. Tomem conta do tasco.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Air france

Ontem foi o dia internacional do tripulante de cabine, como todos os anos a festa aconteceu, eu fui, não sou tripulante mas a" condessa" é. A meio da festa alguém faz um brinde para que os colegas que nesse momento estivessem a trabalhar, regressem em segurança. Estas noticias recentes do desaparecimento do A330 são sempre recebidas cá em casa de sobrolho carregado.